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Você não é vítima do seu amor

Melhore a si mesmo antes de responsabilizar o outro por seu sofrimento

Atualizado em

É muito comum se deparar com relações amorosas nas quais um dos parceiros aparece como o grande prejudicado. Seja porque é mal-tratado, ignorado, negligenciado ou mal-compreendido. Muitas vezes aconselhamos, damos apoio ou simplesmente ouvimos esta pessoa. Porém, uma pergunta que geralmente fica martelando a cabeça e que até verbalizamos de vez em quando é: “se esta pessoa sofre, por que permanece no relacionamento?”. Ou ainda: “se o outro é tão ruim, por que esta pessoa perde tempo em acusá-lo e simplesmente não resolve a situação se separando?”.

É claro que, seguindo o ditado de que “em briga de marido e mulher não se mete a colher”, procuramos nos manter na zona neutra. Principalmente se nós mesmos já nos encontramos em relacionamentos sofríveis, nos quais nossa atitude foi bem semelhante. Entretanto, apesar dessa confusão toda, a resposta a indagações como estas pode ser bem simples, encontrada na terceira lei universal do amor, a de que “semelhante atrai semelhante”.

De acordo a lei do retorno e os conceitos de ação e reação que vimos nos artigos anteriores, fica claro que alguém com energia X atrai pessoas de energia parecida. Isso invalida, portanto, a ideia de que uma pessoa é vítima de outra, já que para isso precisaria haver um superior e um inferior na relação.

O defeito que vê no outro pode estar em você

Como atraímos o que nos é semelhante e o que temos dentro de nós, a pessoa que está conosco funciona como um espelho, refletindo tudo aquilo que temos de bom e de ruim. Por isso que, sem percebermos, não abandonamos o outro com facilidade, pois isso seria o mesmo que simplesmente desistirmos de nós mesmos.

Assim, criamos uma dinâmica antagônica na qual nossa mente racional acusa o relacionamento, mostra todos os defeitos do nosso parceiro e nos leva a reclamações e acusações frequentes. Isso cria situações desgastantes nas quais fazemos questão de aparecer como vítimas, justamente por não querer ou não enxergar que aquilo que apontamos como defeitos também nos pertencem. Por outro lado, nossa mente irracional se segura firme à relação, por saber que está com seu igual, que aquilo que enxerga é apenas uma pista que a vida nos dá para evoluirmos mais rápido. Afinal, como saberíamos o que realmente temos de errado se não fosse o outro a nos mostrar constantemente?

Reconheça seu semelhante

Desse modo, independentemente do relacionamento no qual esteja, admita que esta pessoa é semelhante a você. Por fora talvez ela pareça o oposto, possivelmente por causa de gostos musicais, vestimenta ou atitudes diferentes no dia a dia, mas não se engane. De alguma forma, em maior ou menor grau, ela tem a ver com você, caso contrário não estariam juntos hoje. Portanto, se o seu par lhe faz mal, lhe aborrece ou tem atitudes que julga inaceitáveis, pare um pouco de se sentir frágil e observe-se por um momento. Será que as críticas que você recebe não mostram o quanto é igualmente exigente? Ou talvez você também ofende o outro sem perceber. Avalie se não está sendo mais egoísta ou orgulhoso do que gostaria de admitir, por exemplo.

Para tirar essa dúvida, anote em um papel 10 qualidades e 10 defeitos do seu par e você verá o quanto têm em comum. Depois pegue os defeitos semelhantes e passe a trabalhá-los em você mesmo. Ao minimizar o que tem de ruim em si, automaticamente afetará sua energia. O exercício pode levar você a dois resultados: ou seu parceiro irá se sentir motivado a melhorar, dando um novo gás ao relacionamento ou ele continuará o mesmo e a relação de vocês terminará, pois a “cola” que os unia terá sido dissipada. De todo modo, não tema o desconhecido, pois se você se elevar, pessoas semelhantes de categoria mais elevada se aproximarão.

Por fim, lembre-se que esta lei não se aplica apenas a relacionamentos e sim a todas as pessoas que encontra e convive, seja família, colegas de trabalho, amigos ou vizinhos. Em outras palavras, pense muito antes de reclamar, julgar ou se sentir ameaçado. Você merece cada uma dessas pessoas ao seu lado. Então, se elas estão aquém do que você desejaria, mude o mais rápido possível. E para melhor!

Vanessa Mazza

Vanessa Mazza

Graduada em Comunicação Multimídia pela UMESP, é taróloga há mais de 15 anos. Estuda as abordagens desta prática, com o fim de decifrar a complexidade humana, abrangendo em suas consultas temas como feng shui, i ching, astrologia e numerologia.

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