Shiatsu para atletas e adeptos de exercícios
Método terapêutico não pode ser confundido com massagem
Por Gustavo Lunz
A “massagem Shiatsu” é uma expressão nova. É a forma que mais se repete no contexto comercial, quando precisamos nos referir a essa técnica de uma forma rápida, com a finalidade de nos fazer entender para um público sem intimidade com o assunto. Facilita o entendimento de um recurso que envolve o toque manual, mas, ao mesmo tempo, cria alguns problemas para um público bem específico: atletas e praticantes regulares de atividades físicas.
Acontece que “massagem” passou a fazer parte do vocabulário cotidiano por razão da feliz e crescente popularidade que o estilo de vida saudável desperta nos centros urbanos. Em resposta aos perigos do sedentarismo, observamos um sem número de ginásticas, musculações e diversas modalidades de atividades físicas frutificarem nas academias, clubes e mesmo em algumas boas empresas. A cultura da boa forma está cada vez mais presente em nossas vidas e a figura do massagista – ou massoterapeuta – é evidente em grande parte através do esporte, via jogadores de futebol, ginastas, corredores e tantos outros profissionais que terminamos por conhecer através da televisão, nas competições locais e internacionais.
Percebo, principalmente em razão do “olhar fisioterapêutico”, que a combinação da palavra “massagem” com a palavra “Shiatsu” gera um conflito nos praticantes de atividade física. A dúvida “o Shiatsu é indicado no meu caso?” se confunde com as diversas matérias dissonantes que tanto abordam a massagem de uma forma positiva quanto sob um alerta emblemático.
Diferenças entre massagem e Shiatsu
A massagem, por ser objeto de estudo e crítica científica no ocidente há bastante tempo, acaba revelando diversos ângulos, abordados por diversas metodologias, pela disposição de diferentes pesquisadores num acumulado de dados e informações que está longe de ser homogêneo ou constituir unanimidade. É exatamente como deve evoluir qualquer tema investigado pela ciência, que é sempre um processo em construção.
Por outro lado temos o Shiatsu, que é uma terapia fundamentada na milenar Medicina Tradicional Chinesa. A técnica é utilizada, por exemplo, por gerações de mestres de artes marciais e treinadores de competições olímpicas, a fim de efetivamente tratar lesões e criar vantagem competitiva em seus atletas. Isso é resultado de uma sabedoria e uma cultura basicamente empírica, ou seja, que se sustenta a partir de resultados práticos.
A união das duas palavras – massagem e Shiatsu – tem um efeito ambíguo para um público naturalmente antenado com as divulgações científicas e acostumado a buscar informações nas publicações especializadas. Espero que este artigo ajude a separar as coisas e a mostrar porque essa separação é importante, na intenção de que os adeptos da boa forma possam fazer suas escolhas de uma maneira mais tranquila e de uma forma mais orientada às suas metas pessoais.
Acupunturista e shiatsuterapeuta pela Academia Brasileira de Artes e Ciências Orientais. Atua em programas empresariais de qualidade de vida.
Saiba mais sobre mim- Contato: gustavo.lunz@gmail.com