2025

Pesquisar
Loading...

Sexo na gravidez: entenda quais cuidados tomar

Entenda como viver a sexualidade nas três fases da gestação

Atualizado em

Vou abrir esse papo indo direto ao assunto: sexo na gravidez. Estou falando do ato sexual em si. Sem ele, não só deixaríamos de ter essa conversa aqui como não haveria gravidez e bem, não haveria nada né, porque sexo é o princípio gerador de vida.

Todo o resto é biologia, espiritualidade ou mesmo milagre (adoro pensar assim) mas, sem essa relação inicial, nada mais aconteceria.

Então, se a magia de gerar uma vida, de ter dentro de você, mulher, um novo ser humano, ao qual você chamará de filho(a) e o amará às margens da insanidade pelo resto de sua vida, muito provavelmente mais do que a si mesmo, como podemos pensar em virar a cara para o sexo?

Inaceitável! Mais do que negligentes com o próprio corpo, seríamos até ingratos com o ato que é capaz de mudar toda a nossa vida para sempre.

Então, um viva ao sexo. Respiremos nessa energia para senti-la muito mais profunda dentro de nós antes (para os que desejam engravidar), durante (o ato em si) e depois (desafios incríveis vem depois disso tudo).

No período do antes, há diversos divinos relatos de mulheres que sentiram uma verdadeira conexão durante o ato sexual com os seus parceiros e com este serzinho que ainda nem existia. Algumas mulheres relatam ter uma visão no auge do prazer, outras percebem vibrações diferentes no corpo.

Elizabeth Davis, autora do livro: “Os prazeres da mulher – Para mulheres. Sobre mulheres. Por uma mulher”, relata lembrar-se da concepção de cada um dos seus três filhos:

“Em cada vez, momentos depois do orgasmo, houve um profundo e extraordinário instante de verdade e realização que me deixou trêmula, absolutamente certa de que eu estava grávida. Não havia como voltar: Eu havia mudado para sempre!”, conta a autora.

Lindo né? Claro!  Muito mais do que isso, é incrível! É divino!

Essa é, sem sombra de dúvidas, uma prova extraordinária de que este é o ato mais poderoso, mais forte e divino que nós, seres humanos, somos capazes de realizar – o único capaz de gerar outra vida –  e ele se chama ATO SEXUAL.

Por isso, gastei essa introdução para, antes mesmo de debatermos a importância, dúvidas e inseguranças do sexo na gravidez, nunca nos esquecermos deste ato como algo incrível, único, poderoso e divino, tanto que, sem ele, nenhum de nós estaríamos aqui.

Sexo antes da gravidez

Vou começar por uma importante ressalva nesta relação que o casal terá com o sexo durante a gravidez, advinda de fatores anteriores à própria gravidez, tais como:

  • Dificuldade de engravidar, vinculados ou não a algum grau de infertilidade.
  • Elementos externos a vontade desse casal que podem fazer do sexo um dos elementos que se somavam às frustrações da gravidez que não vinha ou era interrompida.
  • Condições que podem ser geradoras de traumas (mesmo inconscientes) que, após a gravidez bem sucedida, da conquista tão desejada que parte do sexo e quando frustrada por algum motivo acaba “sobrando” pro próprio sexo consequências como o medo.
  • A falta de libido, a repulsa do parceiro, dentre tantas outras que com certeza irão gerar o afastamento de um casal que deveria entrar na fase mais unida, mais próxima, mais fraterna, mais companheira.

Permitam-me começar nossa conversa com uma história pessoal. Sou pai de três crianças, todas com a mesma mulher. Hoje ela é minha ex-esposa.

Os dois primeiros de parto cesariana, aquele com data agendada e tudo. E o último, moleque safado, parto natural.

Desta vez, agendado pela natureza e por nossa vontade (pai e mãe) de darmos a essa criança o direito de vir ao mundo na exata hora que ele fosse capaz de fazer a primeira real força para sobreviver, a força de vir a este mundo.

Planejamos toda a gestação para que isso ocorresse e, apesar de 9 entre cada 10 médicos nos afirmarem que seria arriscado e perigoso, tínhamos a certeza pelo parto natural.

E assim ocorreu, no chão, com gritos de minha ex-esposa, uma loba selvagem que ela teve a oportunidade de resgatar em seu último filho.

De presente, me proporcionou, ao puxar nosso lindo Bento para fora, o momento de maior emoção da minha vida.

Aproveito para registrar aqui, a esta mulher, mesmo hoje não estando mais juntos na caminhada de antes, a minha mais sublime gratidão. Fabiana, obrigado!

A questão é que, antes da Nina, nossa primogênita, hoje com 13 anos, alguns fatores geraram desconfortos e até mesmo traumas, afetando o sexo na pré-concepção – e assim acontece com muitos casais.

No meu caso, junto ao desejo que tínhamos, eu e minha ex-esposa, de gerarmos uma vida, havia ansiedade por não sabermos se éramos capazes de tamanho feito.

Passamos por aquele período de não desejar a menstruação que insistia em aparecer. Até o beta hcg vir positivo, recordo-me de episódios pontuais em que o sexo foi programado de acordo com oscilações de temperatura e a ovulação foi acompanhada por ultrassonografias, buscando o melhor dia para a jornada dos espermatozoides até o óvulo.

Além de outras medidas, como exames de espermograma aos quais eu fui submetido desde a adolescência, pois possuía varicocele (dilatação das veias que drenam o sangue testicular devido à incompetência das válvulas venosas, associada ao refluxo venoso).

Ou seja, somado à ansiedade de querermos ser mãe e pai, o sexo, por vezes, foi uma obrigação, um elemento daquele desejo de ter um filho, algo que não é nada saudável para a vida sexual do casal.

Apesar do relato, minha ex-esposa e eu não fomos vítimas diretas de problemas durante a gravidez, mas, muitos casais, por condições assemelhadas a essas e outras, como abortos espontâneos, podem, sim, arrastarem essas condições passadas para o momento da gravidez e atrapalhar muito o sexo.

Sexo durante a gravidez

Lembro-me de uma casal que eu atendia durante a gravidez do seu segundo filho que, por conta de um sangramento na primeira gravidez, o ato sexual foi cortado durante a segunda gestação.

Resultado: distanciamento danoso para o casal, seguido de reações físicas e biológicas distintas.

No caso do homem deste casal que atendi, ele passou a se sentir frustrado por ter desejo e não ser correspondido pela mulher.

Ela mal sentia desejo, mas sentia culpa pela frustração de não conseguir agir diferente com seu marido. Isso fez com que eles vivessem uma gravidez traumática, que quase gerou o fim do casamento.

Há outro ponto peculiar que diz respeito a uma condição do ato engravidar. É o timing da gravidez na vida do casal.

O ideal é o match, ou seja, ambos desejarem o filho no mesmo momento de suas vidas, gerando maior engajamento desde o início. Contudo, nem sempre é assim, o que acaba por gerar descompassos na fase que, repito, deve haver a maior harmonia do casal.

Infelizmente, o mundo não é perfeito. Homens e mulheres não são iguais biologicamente falando.

Correndo contra a mulher, há um relógio que, por mais avançada que se torne a medicina, impõe um limite ao corpo feminino para gerar outra vida. Ao passo que o corpo masculino seguirá apto a dar a sua contribuição por toda a vida.

Injusto? Bem, esse assunto fica para um outro bate papo. O que importa aqui é que temos uma condição fática e, por conta disso, consciente ou inconscientemente, o tal instinto materno existe.

Não é um fantasma, mas pode ser um fato biológico para a mulher, o que acaba por fazê-la querer a gravidez antes do homem.

Tenha atenção aos desejos do outro. Aprender a ouvi-los e senti-los e saber respeitar as diferenças, somado ao amor que os une, com certeza ajudará o casal a encontrar uma sintonia de desejo pela gravidez.

Considerando todas essas condições anteriores a gravidez em si, somando aos possíveis reflexos durante a gravidez, podemos partir agora para uma análise do – Sexo na gravidez em si.

Essa é apenas uma situação que envolve o sexo durante a gestação. Há muitos fatores e eles mudam conforme as três fases da gravidez. Vamos a eles, buscando contribuir com as dúvidas dos casais grávidos ou desejosos de uma gravidez.

1ª fase da gravidez

No Primeiro Trimestre da gestação, não há o apelo visual nem o desequilíbrio gravitacional da barriga. O corpo, visualmente, muda pouco.

Mas atenção: por pura experiência de três gravidezes, posso afirmar que a mulher se torna mais bonita. Uma beleza nova, exuberante.

Algo como (me permitam uma metáfora puramente ilustrativa aqui) pegar uma caneta fluorescente e passar nos seios, na vagina, na bunda, e destacar a beleza de cada um desses locais.

Sim, há uma sensível mudança visual e física dessas partes, algo que saltará aos olhos, pegando o que já era bonito e iluminando.

Tá bom, esse é um depoimento pessoal, de um homem pai de três filhos, que curtiu e acompanhou de perto a gravidez da mãe deles. Por isso, deixo aqui também uma confissão: acho lindos os ensaios de mamães poderosas durante a gravidez, exibindo o que pra mim é o momento de maior beleza da mulher.

Ok, esse sou eu, de repente, algumas mulheres não vão concordar comigo, pois não encontram eco em seus parceiros e começam a ver o próprio corpo como fora dos “padrões de beleza” (aspas para garantir a minha repulsa a tais padrões).

Claro, toda essa parte desse meu texto tem o objetivo de acordar homens que, no lugar de apoiarem as mudanças, repito, incríveis no corpo das suas mulheres, deixam de percebê-las e destacá-las em tão delicado e mágico momento.

Homens, se vocês pretendem seguir com uma vida conjugal saudável, aprendam de uma vez por todas certos detalhes da gravidez para nunca mais errarem com a mulher que, sem ela, nunca seria você contemplado e alçado à categoria de pai. Comecem por perceber a nova mulher que surge na sua frente, seus seios exuberantes, com novos tamanhos, novas cores, nova sensibilidade, novo prazer.

Fixo-me nos seios, pois esses são a parte do corpo das mulheres que mais recebi feedback positivo delas mesmas. Diziam encantarem-se em frente ao espelho com a primeira parte a se destacar antes da futura e tão acariciada barriga.

Homens, percebam a nova mulher que nasce a cada dia. Admirem, desfrutem cuidadosamente dessa beleza única, porque existirá somente durante a gravidez. Portanto, não percam essa oportunidade!

Atenção, também, para outros detalhes importantes desse período. A mulher será inundada por hormônios, muitos vão mexer com a libido dela, e, somado aos enjoos e à ansiedade pelas dúvidas sobre o bebê, o futuro e a própria espera.

Se você, garotão, não dedicar mais atenção à essa mulher, poderá ficar sem sexo durante os nove meses.

Com atenção, me refiro a te oferecer mais tempo em carícias e preliminares que contribuam para uma sedução mais intensa, cuidadosa e carinhosa, meu caro.

Não espere dessa linda e nova mulher grandes momentos sexuais durante a gravidez pois, como disse, há aí uma nova fêmea, muito mais plena (mesmo quando ela ainda não tem consciência disso).

Além de tudo o que acontece com a biologia da gestante, ela divide o próprio corpo com um outro ser, que irá ocupar cada vez mais espaço. E, esse espaço não será apenas físico, mas também será emocional.

Se você, homem, não correr atrás, além de perder a oportunidade de viver tudo isso com ela, terá grandes chances de esvaziar nesta mulher a admiração pela pessoa que, distraído, talvez insista em se portar como menino.

Apesar de o nosso papo aqui ser sobre sexo na gravidez, não serão performances sexuais mais elaboradas que determinarão a sexualidade durante a gestação. Não é o ato sexual em si que manterá esse trânsito saudável entre vocês.

Não é raro, a própria mulher se sente mais vulnerável, mais fragilizada, muitas se sentem feias. Justamente por isso precisam ainda mais de carinho e atenção, cuidados especiais, mimos.

Que tal levar café da manhã na cama, preparar-lhe refeições a luz de velas ou assistir a documentários sobre gravidez (sim, elas adoram e amam quando há a companhia do pai para isso).

Permitam-me, por ter vivido a experiência de três gravidezes, mais um depoimento pessoal. A experiência desse período me fez respeitar e admirar ainda mais o corpo da mulher.

Explico: transformações no corpo se fizeram presentes, me mantive atento e desperto, percebendo o dia a dia dessas mudanças.

Sentia a inevitável condição da mulher fazer diferente, ou seja, não caberia a ela a escolha por não mudar, ao contrário, essas mudanças se impõem, algumas passarão a acompanhar essa mulher em caráter definitivo.

E, mesmo assim, vi uma mulher que seguia se impondo sexy, seguia se colocando sedutora, seguia mulher/companheira mesmo quando a mulher/mãe tomava conta de quase todo o seu corpo e muitas vezes de todo o seu tempo.

Por isso, estar atento a isso me permitiu admirar a nova beleza que surgia, beleza outra, incomparável e tão digna de ser admirada quanto a anterior.

Ás mulheres, hoje mamães/mulheres, meu mais profundo respeito e admiração ao corpo de vocês, incrível, que cede espaço à garantia de vida na nossa espécie. Lindas, obrigado!

Para encerrarmos o papo sobre esses primeiros três meses da gravidez, uma dica para o ato sexual em si: cuidado para aqueles que gostam de uma pegada mais forte, voraz.

Nesta fase, pode ser legal uma levada mais cuidadosa, principalmente quando houver algum histórico de aborto espontâneo ou algum sangramento da mulher nessa fase.

Reforço, ainda, a dica de irem ao médico para receberem orientação específica caso isto ocorra.

Fora isso, faça sexo livre e desfrute de todos os seus benefícios, tais como destacados por Elizabeth Davis, “maior circulação pélvica, liberação da tensão e tonificação dos músculos internos, o que é útil na preparação para o parto.”

2ª fase da gravidez

O Segundo Trimestre talvez seja o mais sereno momento da gravidez, porque a mulher já se adaptou parcialmente à inundação hormonal, o corpo já apresenta efetivas novas formas, novos hábitos alimentares, de exercícios e descanso foram incorporados, e o bebê vai bem e seguro lá dentro…

Quanto ao sexo, mantenho a recomendação de atenção especial e dedicação acima da média. Contemplem o corpo e a mulher que o habita e gera uma vida.

Somado ao que já fazia antes, aproveitem o momento em que a maioria das mulheres estão se sentindo lindas, vibrando com o novo corpo, carinhosas com o seu bebê (elas acariciam a barriga todo o tempo, porque é nessa fase que eles começam a se mexer) e estão todas bobas, felizes da vida.

Nesta fase, há aumento da Oxitocina, conhecido como hormônio do amor, porque melhora o humor e reduz o cortisol (hormônio amigo do estresse), gerando mais alegria e bem estar a essa mulher.

Somado aos já elevados níveis de estrogênio do início da gravidez e a uma vagina que se modifica e distende (preparando-se para o parto) a mulher fica muito, mas muito mais receptiva ao sexo.

E o que vocês estão esperando para investir neste prazer? Invista nessa mulher, conte com esse homem, percebam esse novo prazer, as novas sensações corporais, as novas formas e sejam felizes.

Vividas as duas primeiras fases, nos encaminhamos para a terceira e última fase, ou Terceiro Trimestre.

3ª fase da gravidez

Essa fase é muito particular de cada mulher na relação com o sexo, pois será dela, todo o desconforto do espaço que o bebê agora ocupa no corpo dela.

O útero comprime o estômago, a progesterona afeta o funcionamento da válvula esofágica e pode causar azia, a mulher dorme mal e às vezes até sentada, caminha com dificuldade, e por aí vai. Você, companheiro, deverá ser ainda mais cuidadoso e paciente.

Tem de, pensar em si mesmo, sim, mas sem deixar de considerar a condição de exceção de sua companheira. Quanto mais presente e respeitador do limite de sua companheira você for, melhor vai entender o momento de incluir o sexo.

Vale lembrar que estudos mais modernos indicam que, nas últimas semanas da gestação, o sexo pode ser um aliado do parto. Isso porque o sêmen é rico em Prostaglandinas, substâncias que auxiliam o início do trabalho de parto e amaciam o colo do útero, estimulando as contrações uterinas.

E mais, o prazer, fundamentalmente com o orgasmo, é um grande estimulador da secreção de Oxitocina, fundamental para o trabalho de parto.

Essas são ou não são notícias maravilhosas? Tá esperando o quê? Faça sexo na gravidez e sinta prazer à vontade!

Dicas finais para curtir o sexo na gravidez

Tenha cuidado, dê atenção, carinho, e contribua com participação ativa e passiva (respeitando o espaço do outro).

O companheirismo e a conexão do casal grávido farão do sexo, em qualquer uma das etapas da gestação, um grande aliado desse momento mágico e único na história de vida de vocês.

Lembrando que, na primeira fase da gravidez, o casal está sendo apresentado à essa situação a segunda, onde está se misturando e se harmonizando à gravidez. Equilíbrio é a palavra de ordem aqui.

Enquanto a última fase é a do desfecho, do congraçamento de tudo que viveram e, se souberam viver, se houve respeito, companheirismo e prazer, com certeza, esse casal saberá integrar com sabedoria, afeto e amor essa criança, esse ser que ganhou vida através dessa mulher e desse homem.

Bem, me despeço deste artigo agradecendo a todas as mulheres que me ajudaram a escrevê-lo, muitas sem saber, mas todas com muito a dizer sobre esse momento da vida delas.

Foi assim que deparei com uma fala de Mariana Ferrão de um vídeo do seu canal do YouTube, referindo-se à gestação de seu segundo filho:

“O parto foi quase um nascimento espiritual pra mim, porque a mulher ao se permitir que ela se fertilize, ela está permitindo que a mudança aconteça por meio do corpo dela, ela se permite uma transformação de dentro pra fora.”

Com essa frase inspiradora, para homens e mulheres, espero ter contribuído para sanar dúvidas e encorajado-os a viver o prazer antes, durante e depois da gravidez.

Artur Vieira Filho

Artur Vieira Filho

Artur Vieira é Mestre em Psicanálise, Saúde e Sociedade; Estudioso da Ciência da Felicidade e Psicologia Positiva; Sexólogo e Terapeuta, especialista em Relacionamentos e Sexualidade; Co-fundador do Centro de Estudos da Felicidade; Palestrante sobre Felicidade, sexualidade humana e relacionamentos; Graduado em Psicologia Positiva pelo Wholebeing Institute, certificação internacional, e Felicidade e Bem-Estar pela Universidade Positivo; possui GBA (Global Business Administration) em FELICIDADE - transformando pessoas e organizações pelo ISAE/FGV - Curitiba; Professor convidado da Universidade Estadual do Maranhão no programa Educação para o envelhecimento e advogado.

Saiba mais sobre mim