Por que os relacionamentos das Millennials não dão certo?
Descubra três padrões de relacionamentos das Millennials que dificultam ser feliz no amor e como se livrar deles
Por Amanda Guimarães
Amar nunca foi tão complicado, e se você é uma mulher millennial, com certeza sabe bem do que estou falando. Em minhas leituras de Tarot, percebo três padrões nos relacionamentos das Millennials que dificultam ser feliz no amor.
Entre aplicativos de namoro, redes sociais e a pressão para ser impecável em todas as áreas da vida, os desafios nos relacionamentos parecem estar em um nível difícil de um jogo que ninguém explicou direito como jogar.
Mas adivinha só? O Tarot, esse velho sábio em forma de cartas, tem sido meu aliado — e de muitas clientes e alunas — para decifrar o que está por trás das nossas escolhas e dos nossos dilemas amorosos.
Descubra a seguir se você se reconhece em um (ou até em todos) desses padrões de relacionamentos das Millennials e, mais importante, como transformar essas dinâmicas para viver um amor mais leve e equilibrado.
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Padrão 1: Super-Mulheres
Você conhece aquela amiga que é uma força da natureza? Ela trabalha, estuda, faz yoga às 6h da manhã, cuida da família, tem um side hustle (trabalho paralelo) e ainda é a conselheira oficial do grupo?
Pois é, este é um dos padrões mais comuns entre as mulheres millennials: a super-mulher. Em muitas leituras de Tarot, essas rainhas do multitasking acabam se conectando a pessoas que… bem, não estão exatamente no mesmo ritmo.
Assim, se tornam mulheres que se doam tanto que, no processo, acabam exaustas e desamparadas.
Exemplo real:
- Uma cliente se sentia exausta por carregar o relacionamento nas costas.
- No Tarot, ela tirou A Imperatriz para representá-la, uma energia criativa e generosa.
- Para o parceiro? O Pendurado. Ele estava lá, parado, esperando que ela fizesse todo o trabalho emocional e prático.
💡A lição do Tarot
Eu mesma já estive nesse lugar, tentando ser tudo para todos. Então, o Tarot foi meu espelho, me mostrando que não precisamos ser super-heroínas em busca de um resgate.
Se a relação não é uma troca justa, talvez seja hora de colocar a capa de lado e exigir reciprocidade.
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Padrão 2: “Não preciso de uma relação agora”
Outro padrão que vejo — e vivi — é o da mulher que, após alguns tropeços amorosos, decide que está melhor sozinha.
“Não tenho tempo nem energia para um relacionamento agora”, ela diz, enquanto sua linguagem corporal revela algo mais sutil.
Mas a verdade é que a independência absoluta, tão característica das millennials, tem dois lados.
De um lado, é libertador perceber que você consegue ser completa sozinha. Mas do outro, pode ser uma armadura que impede conexões profundas
Exemplo real:
- Uma cliente tirou Os Enamorados de cabeça para baixo, o que a gente chama de carta invertida no Tarot.
- Isso trouxe à tona o dilema: não era que ela não queria amar; ela estava com medo de se abrir novamente.
💡A lição do Tarot
O Tarot não julga, mas provoca: será que esse “não preciso de ninguém” é liberdade ou um mecanismo de defesa?
Reflita sobre o que você quer construir para si. O Tarot não vai te dizer para entrar em um relacionamento ou para ficar sozinha, mas vai te ajudar a entender as motivações por trás das suas escolhas.
Padrão 3: O Mundo Disney e as Fantasias Românticas
Existem aquelas mulheres que ainda vivem na busca pelo “príncipe encantado”. Eu mesma já me peguei nesse lugar, esperando que a relação dos meus sonhos caísse do céu, como nos filmes.
Mas o que aprendi — e o Tarot sempre reforça — é que o amor real não é perfeito. Ele, na verdade, é construído na imperfeição, na paciência, nos dias comuns.
Exemplo real:
- Uma cliente descreveu o parceiro ideal como alguém inteligente, engraçado, bem-sucedido, aventureiro, romântico e… a lista continuava.
- Então, a carta da Lua apareceu no jogo e trouxe uma reflexão poderosa: às vezes, idealizamos tanto o amor que ele se torna inalcançável.
💡A lição do Tarot
O Tarot nos desafia a descer da torre encantada e abraçar o que é genuíno. Porque, no fim das contas, a magia de um relacionamento não está na perfeição, mas na humanidade.
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Como melhorar seus relacionamentos Millennial
Se identificou com algum desses padrões listados? Veja o que pode fazer:
- ✅ Se você se sente sobrecarregada na relação, é hora de exigir reciprocidade.
- ✅ Se você evita relacionamentos por medo de se machucar, reflita sobre suas reais necessidades emocionais.
- ✅ Se você busca o parceiro “perfeito”, lembre-se de que o amor verdadeiro é construído na imperfeição.
A complexidade do Amor na Era Digital
Se o amor já era um terreno complexo, o cenário atual só aumentou essa complexidade. Como apontou Zygmunt Bauman em Amor Líquido, os vínculos modernos estão se tornando cada vez mais frágeis, moldados pela lógica da descartabilidade e do imediatismo.
Essa dinâmica se reflete nos padrões que vejo em muitas leituras de Tarot: o desejo de conexões profundas é substituído pela busca por relações que não demandem tanto, que se ajustem à nossa rotina corrida e ao nosso medo de vulnerabilidade.
Além disso, estamos vendo o crescimento de novos arranjos amorosos: relações não-monogâmicas, poliamorosas e modelos mais fluídos estão ganhando espaço, desafiando os moldes tradicionais.
Assim, e várias leituras, vejo mulheres lidando com os dilemas dessas configurações, onde liberdade e compromisso precisam coexistir.
O Tarot, nesse contexto, é uma ferramenta poderosa para questionar:
- Quais são os meus limites?
- O que me faz sentir segura em um vínculo?
- O que estou disposta a experimentar para além do que conheço?”
A Pandemia e os novos Padrões de Relacionamento
A pandemia, com seu isolamento forçado, onde ficamos cara a cara com a solidão, o tédio e as falhas nos nossos vínculos, nos obrigou a reavaliar nossos padrões de relacionamento.
O Tarot, durante esse período, mostrou-se mais necessário do que nunca, ajudando as pessoas a processarem rupturas, redefinições e a criarem novas narrativas de conexão.
O que mudou no amor após a pandemia?
- Muitos redescobriram a importância do contato humano, mesmo que virtual, e como a intimidade vai além do toque físico.
- As relações passaram a exigir mais diálogo e flexibilidade.
- O isolamento evidenciou as falhas e fortalezas dos vínculos amorosos.
- Amar, hoje, exige coragem para navegar essas águas instáveis e líquidas, mas também para reconhecer que nenhuma relação, seja ela monogâmica, poliamorosa ou algo completamente novo, é isenta de trabalho emocional.
O amor é sobre escolhas, não perfeição
O Tarot, esse guia sábio e acolhedor, nos lembra que o primeiro passo para amar é entender quem somos e o que buscamos — seja na intensidade de um romance ou na leveza de uma conexão momentânea.
Como mulher millennial, terapeuta e cartomante, sigo aprendendo com cada leitura que faço, com cada história que ouço e com cada relação que vivo. E talvez esse seja o maior presente do amor: ele nunca se repete. Ele é sempre uma dança entre o que somos e o que ainda podemos ser.
Amanda R. Guimarães é cartomante, terapeuta holística e comunicadora, unindo tarot, bruxaria natural e aromaterapia para promover autoconhecimento. Host do Entre Tapas & Cartas, capacita minorias e inspira jornadas pessoais.
Saiba mais sobre mim- Contato: arguimaraes19@gmail.com