Papel da mãe – e do pai também
Motivar o desenvolvimento do filho deve ser uma tarefa compartilhada
Por Cybele Meyer
O sentimento da maternidade é único. Assim que a mãe vê o rostinho de seu filho, ela já não se sente mais a mesma. Deste momento em diante ela passa a se preocupar muito mais com o filho do que com ela própria. Hoje, este sentimento também envolve o pai que tem participação ativa durante toda a gravidez, e que no momento em que nasce o filho (normalmente ele está na sala de parto), também já não se sente mais o mesmo.
Os dois, pai e mãe, passam a ter expectativas quanto a formação e educação do seu filho e percebem que são peças fundamentais nesta trajetória, afinal o filho aprende pelo exemplo e eles serão o espelho.
Diante de toda a influência e estímulos que a criança recebe desde o seu nascimento a preocupação maior dos pais é ensinar o filho a desenvolver-se com liberdade e responsabilidade.
Como poderá o filho saber usar esta liberdade com responsabilidade?
A resposta é muito simples: aprendendo a pensar. Sim, o filho(a) que aprende a pensar e a formar opinião é um forte candidato a saber usar a liberdade que lhe é dada com responsabilidade. O filho que aprende a pensar se torna criativo, responsável, autônomo, solidário, produtivo e tantos outros quesitos que farão dele um cidadão construtor
Ensinar a pensar é função dos pais e com ela vem a motivação para que os filhos aprendam a pensar com a própria cabeça, ou seja, que sejam capazes de ter iniciativa e tentarem resolver seus impasses com ações próprias. Usar o poder de decisão é uma habilidade que exigirá competência.
A criança é curiosa por natureza e esta curiosidade deve ser estimulada com a formação de ambiente propício para a elaboração de perguntas e reflexões que servirão de respaldo para formar opinião. Os primeiros anos de vida são decisivos para que a criança adquira segurança em si própria e construa sua identidade refletindo numa excelente autoestima. Quando isto ocorre as bases de sustentação para que a criança tenha uma imagem positiva de si mesma, está cimentada.
Todas estas ações devem ser realizadas com muita cautela para que não se corra o risco de exagerar nos rótulos, nem para o positivo nem para o negativo. Ressaltar o acerto, bem como o erro, é ação fundamental para a boa formação e desenvolvimento da criança, e os elogios devem fazer parte das ações, porém sem exageros. A criança precisa se sentir segura tendo certeza de que á amada por ser quem ela é, e não porque vai bem na escola ou porque faz artes incríveis. Quando a criança se sente aceita, se sente também segura para idealizar e cumprir metas.
Construção do caráter
Outro fator importantíssimo na formação da criança é a construção do seu caráter. Os bons hábitos e as boas maneiras ajudam nesta construção e serão decisivos no desenvolvimento das suas competências e habilidades.
Portanto, cabe aos pais dar acolhimento e se fazer presente na vida do filho deixando bem claro que este poderá contar com a segurança do seu lar e com o suporte seguro para suas dores, frustrações, ansiedades, conquistas, êxitos e fracassos. Afinal, esta maravilhosa experiência de aprendizagem pertence a toda a família.
Educadora, pós-graduada em Psicopedagogia Clinica e Institucional. É editora do site Educar Já www.cybelemeyer.blogspot.com.br e do blog Falando Sobre: www.cybelemeyer.com.br/falandosobre
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