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Culpa no sexo pode causar Bartolinite

Relação entre Bartolinite, culpa e sexo prejudica a qualidade de vida das mulheres. Saiba como resolver

Atualizado em

É comum existir uma relação entre doenças físicas e emoções. Um exemplo disso é o vínculo entre Bartolinite, culpa e sexo.

A infecção nas Glândulas de Bartholin é uma doença ginecológica que pode surgir quando a mulher se sente culpada ou errada em relação à sua sexualidade ou vida amorosa.

Praticamente, tudo que se manifesta na vagina fisicamente tem um fundo emocional. Essa é a parte do corpo mais exclusiva, aquela que escolhemos quem vai olhar e acessar. Portanto, nosso cérebro atrela a vagina a algo íntimo e oculto.

Quando a mulher tem problemas, tabus e crenças limitantes com a sexualidade e se pune por isso, a Bartolinite surge. A intenção do corpo é alertá-la em relação a essas questões.

Bartolinite, culpa e sexo

Algumas situações favorecem essa relação entre Bartolinite, culpa e sexo. Por exemplo, quando a mulher teve uma educação castradora e reprime sua sexualidade por achar, ainda que inconscientemente, que o sexo é algo errado, pecaminoso ou proibido.

Por mais que, racionalmente, ela sinta desejo e vontade de se libertar na cama, a vagina não “obedece” à razão, mas à emoção. Nesse caso, o corpo gera a Bartolinite, inflando e bloqueando a região íntima com dor, para que você não realize um ato que vai contra seus princípios.

Outro exemplo é quando você está numa relação monogâmica e sente atração por outra pessoa ou mesmo chega a trair seu par. Se alguma dessas situações faz com que se sinta culpada e “suja”, seu corpo reage em reflexo a esse sentimento.

Assim, as Glândulas de Bartholin se enchem de pus, que nada mais é do que a manifestação dessa culpa e sujeira que acreditou possuir. Se pararmos para pensar, o pus é uma secreção suja, inflamada, amarelada e, às vezes, com mau cheiro.

O mesmo pode acontecer com mulheres que foram vítimas de traumas ou abusos sexuais – sejam físicos ou psicológicos. Elas também tendem a nutrir sentimentos de autopunição e culpa.

Outro cenário comum é quando a mulher alimenta muito medo de engravidar a cada relação, mesmo que use de forma correta os contraceptivos. Nesse caso, o corpo também entende que o ato sexual representa algum tipo de perigo. Assim, ele pode manifestar a Bartolinite como forma de proteger a mulher daquilo que ela mesma teme.

Conheça casos reais

Um caso curioso que tive foi o de uma paciente que possuía Bartolinite recorrente. Ela era casada com um milionário, com o qual tinha uma vida de sonhos.

Porém, a verdade é que ela não era apaixonada por ele. Apenas se condicionou a estar junto dessa pessoa por carinho e apego material. Como se sentia culpada e errada em relação a isso, seu corpo trazia a Bartolinite repetidas vezes como forma de forçá-la a olhar para essa questão.

Em outra vez, uma mulher veio até mim dizendo que já tinha tentado de tudo para reabilitar seu quadro de Bartolinite, sempre sem sucesso. Depois de inúmeras tentativas frustradas, ela agendou uma cirurgia com seu médico para a retirada das glândulas.

Foi quando ela decidiu limpar as memórias celulares que estavam concentradas no canal vaginal. Ao fazer isso, a glândula vazou o pus e sanou o problema.

Por fim, já tive pacientes que eram o oposto desses exemplos que citei. Essas mulheres se mostravam absolutamente libertas sexualmente, sem travas ou tabus. Elas faziam o que queriam e tinham comportamentos completamente espontâneos na cama.

No entanto, no fundo, essa era uma postura para mascarar inseguranças e travas internas que possuíam. E esse comportamento apenas tentava disfarçar a realidade para os outros e para si mesma.

Limpeza de memórias da vagina

Às vezes, nossa mente tem dessas artimanhas que dificultam nossa percepção sobre a origem real do problema. Porém, basta nos debruçarmos um pouquinho mais sobre essas questões que as causas emocionais “gritam” e se revelam.

Portanto, a Bartolinite é um problema físico e exige, sim, cuidados médicos. Mas, enquanto você não tratar também sua causa emocional, é provável que nenhum tratamento seja eficaz.

Um problema na vagina tem relação direta com as memórias celulares que ficam concentradas nesse órgão. Os registros emocionais das experiências de vida de uma mulher ficam acumulados em seu útero e canal vaginal. Ou seja, todos os traumas, culpas, medos, repressões, etc. estão guardados ali.

Como a maioria das mulheres não sabe disso, elas não limpam essas memórias. Com o tempo, esses registros celulares favorecem o desequilíbrio fisiológico da flora vaginal, dando origem à Bartolinite.

Reconsagração do Ventre

Todas as memórias emocionais nocivas concentradas em seu útero e canal vaginal podem e devem ser expulsas. E isso é feito através de uma técnica de limpeza uterina, chamada Reconsagração do Ventre.

A Reconsagração é a única terapia capaz de limpar, profundamente, os registros celulares que ficam acumulados nesses órgãos. Essa é uma vivência online, que a mulher faz sozinha, em cerca de 2h. Os vídeos são gravados, mas guio você o tempo todo em exercícios que ativam o corpo para puxar essas memórias.

Apesar de profunda, a Reconsagração do Ventre é um processo simples, que pode ser colocado em prática por qualquer mulher. Também ofereço acompanhamento a todas as participantes.

Essa limpeza uterina é um divisor de águas na vida de uma mulher. Ao limpar útero e vagina dessas memórias, não só eliminamos essa relação de Bartolinite, culpa e sexo, como também aceleramos tratamentos físicos em andamento.

Além disso, entre outros benefícios, a limpeza de memórias celulares uterinas também ajuda a mulher a:

  • interromper padrões repetitivos na vida;
  • atrair relações saudáveis;
  • diminuir inseguranças na cama.

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Tratamento médico

Vale esclarecer que, quando já existe uma manifestação física instalada, como a Bartolinite, a Reconsagração do Ventre age de forma complementar ao tratamento médico. Este não pode ser abandonado em nenhuma hipótese ou circunstância.

Só trabalhar a emoção não será suficiente, pois a disfunção já está instalada. É como sempre digo: não adianta fechar a torneira, que é a raiz do vazamento (suas emoções), sem enxugar a sala da enchente causada (os sintomas manifestados). Precisamos fazer sempre os dois juntos.

Mas, enquanto não tirar de si a emoção raiz que dá origem à Bartolinite, é provável que nenhum tratamento físico seja tão eficaz.

Roberta Struzani

Roberta Struzani

Especialista em Sexualidade e Ginecologia Natural. Pioneira no estudo de Ginástica Íntima e Reconsagração do Ventre no Brasil, contribuiu para a formação de diversas terapeutas e desenvolveu um trabalho personalizado que traz benefícios para a saúde da mulher, do físico ao emocional.

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