Como é sua relação com o dinheiro?
Perceba que sua situação financeira é um reflexo de suas intenções
Por Ceci Akamatsu
Você vive em função de ganhar dinheiro? Parece que ele sempre é insuficiente? Tem medo que ele falte?
Muitos perguntam se a energia do dinheiro é positiva ou negativa. O dinheiro por si só é um instrumento de interação na sociedade. Podemos fazer um paralelo entre a energia do dinheiro e a energia das palavras, que também é um instrumento de interação e troca. As palavras são apenas um conjunto de letras, mas o significado e o sentimento dão a elas uma função e uma energia. Se enviamos e recebemos as palavras com intenção positiva, a energia bem provavelmente também será. O mesmo se aplica às intenções negativas. Temos o poder de transformar palavras que denotam algo negativo em algo positivo, assim como o seu inverso. Assim, quem coloca a energia nas palavras ou no dinheiro somos nós mesmos.
A energia do dinheiro em nossas vidas está vinculada às intenções que colocamos nele ao recebê-lo ou gastá-lo. A maioria de nós, em um nível consciente, quer e gosta de dinheiro, pois ele nos permite transformar alguns desejos de ter e fazer algo em realidade. Mas, em nível inconsciente, muitos trazem crenças como:
- A vida é uma luta.
- É preciso sofrer para conquistar e construir.
- Dinheiro sempre é insuficiente.
- Tenho medo de ficar pobre.
- Não posso gastar, se não vai me faltar.
- É preciso passar por privações para ser espiritualmente evoluído.
- Sinto culpa em ter muito, pois muitos não têm nada.
Você, em um nível consciente, pode querer muito ser bem-sucedido financeiramente. Mas se em um nível inconsciente traz crenças que são contraditórias, isso se refletirá em sua relação com o dinheiro.
Trabalhar e ganhar dinheiro não precisa significar esforço demasiado, e muito menos sofrimento.
Crenças como “a vida é uma luta” ou “é preciso sofrer para conseguir o que se quer” são algo em que podemos escolher acreditar ou não. Isso não significa que o dinheiro caia do céu em nossas mãos, mas também não é preciso se torturar em um trabalho que não tem nada a ver com você porque você precisa de dinheiro para sobreviver. Trabalhar e ganhar dinheiro não precisa significar esforço demasiado, e muito menos sofrimento.
Consumismo pode estar relacionado a insatisfação com o trabalho
Você percebe que por trás do seu dinheiro vem o seu trabalho, suas atividades e suas ações? Você apenas troca seu trabalho por dinheiro para que volte a trocar por outras coisas. Percebe que a intenção e sentimento em relação ao seu trabalho podem imprimir de maneira muito significativa seu sentimento em relação a esse dinheiro? E se foi tão duro fazer esse dinheiro, deve ser muito duro gastá-lo também, pois surge sentimento de culpa, de medo, de peso.
Muitas pessoas quando não estão felizes têm ainda mais vontade de comprar para sentirem-se melhor. Se alguém trabalha em algo que não se sente bem, poderá ter surtos consumistas para compensar seu mal estar. Isso a torna ainda mais dependente de seu trabalho desagradável, pois ela tem de trabalhar cada vez mais para pagar aquilo que comprou para se sentir melhor, formando assim um círculo vicioso.
Por outro lado, existem aqueles que trabalham no que gostam, às vezes ganhando menos do que poderiam fazendo outro trabalho com o qual não se identificam. Porém, ao estarem mais satisfeitos, têm menos necessidades consumistas. Assim, mesmo com salário menor, sentem-se mais realizados e felizes. O dinheiro toma outra energia e ganha outra dinâmica.
É importante lembrar que o dinheiro nos possibilita o ter e o fazer, mas não o ser. Sem essa distinção, a riqueza material passa a representar um fim, não um meio de realizar algo para nos tornarmos a pessoa que queremos ser. Ganhar dinheiro por ganhar, sem uma motivação especial, pessoal e autêntica, apenas aumentará a sensação de que é insuficiente, porque essa escassez é interna e humana e não externa e material.
O valor que o dinheiro tem é aquele que você dá a ele. E você, que valor tem dado ao seu?
- Ao receber dinheiro sente gratidão ou sente-se como um morto de fome que recebe comida?
- Ao gastar seu dinheiro sente que contribui para o fluxo de trocas na sociedade ou que está gastando e perdendo de alguma maneira?
- Você economiza para comprar algo específico, para estar preparado para eventualidades ou apenas porque tem que juntar e não gastar para não sofrer o risco de faltar?
- Você associa dinheiro à sobrevivência e à escassez ou ao prazer e à realização? À obrigação de ter que ganhá-lo ou à gratidão de ser um meio para concretizar suas realizações?
Ao se fazer esses questionamentos, reflita sobre sua relação com o dinheiro. Perceba quais sentimentos surgem e de que maneira eles podem estar lhe afetando de modo positivo ou negativo. Nos próximos artigos, conversaremos sobre maneiras de trabalhar esses padrões que você observou.
Terapeuta Energética, faz atendimentos à distância pelo Personare. É a autora do livro Para que o Amor Aconteça, da Coleção Personare.
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